Por Marcella Santos
O atual padrão de produção e consumo deverá passar por um processo de rupturas e ressignificações devido aos impactos gerados no processo de desenvolvimento. De acordo com Cordeiro (2006), o consumo não poderá continuar sendo o único fim da produção, já que a ascensão do poder de compra torna o capitalismo mais agressivo, disposto a produzir desigualdades sociais e a explorar o meio ambiente. Na ânsia pelo crescimento econômico e atendimento à demanda gerada pelos incessantes estímulos ao consumismo, tem-se esquecido que vivemos em um ecossistema finito, que pode ser convertido em um lugar de condições de vida impróprias (VERGARA & BRANCO, 2001). O presente artigo mostra através de conceitos construídos por autores aqui citados, em qual contexto a postura da empresa caracteriza filantropia, cidadania corporativa ou responsabilidade social.
Ceder instalações ou recursos, adotar projetos isolados, não ouvir a opinião dos representantes da comunidade, não participar com um compromisso permanente, com foco local, representa ações com contornos restritos, aproximando-se de um espectro filantrópico. Embora se saiba que um desenvolvimento em bases sustentáveis requer mudanças estruturais ancoradas em políticas econômicas e práticas sociais efetivas e eficazes, é preciso romper o velho paradigma assistencialista das soluções isoladas e unilaterais (VASCONCELOS & MENEZES, 2002). Por muito tempo as ações sociais foram pautadas na caridade e custódia, apresentando as grandes empresas como centros de poder e influência. Depois surgiu o questionamento de até que ponto a responsabilidade não está imbuída de autoridade e se esta seria legitimada pela empresa, pelo Estado, pelo Terceiro Setor ou seria papel do indivíduo. (CURADO, 2003)
De acordo com Vergara & Branco (2001) hoje as empresas são julgadas por seus compromissos éticos, pelo foco nas pessoas e pelas relações responsáveis com o meio ambiente. A empresa humanizada promove qualidade de vida no trabalho, está focada nos seus funcionários, visa relações justas e democráticas de desenvolvimento e crescimento. Apóiam atividades comunitárias e de equilíbrio ambiental. Através de ações humanizadas as empresas exercitam a cidadania corporativa, tendo como pano de fundo o desenvolvimento sustentável e muitas vezes se confundindo com Responsabilidade Social, mas seu caráter é restrito à gestão das relações comunitárias e limitado a projetos específicos (ASHLEY,COUTINHO,TOMEI, 2002).
Para Ashley, Coutinho & Tomei (2002) dentro de um conceito interdisciplinar, multidimensional, sistêmico e aberto a todos os Stakeholders, a Responsabilidade Social é definida. Está incorporada à estratégia empresarial e refletida em desafios éticos. Não está vinculada exclusivamente nas trocas financeiras, mas de confiança, idéias e normas. Requer como premissa à racionalidade instrumental, um novo conceito de empresa e um novo modelo mental das relações sociais, econômicas e políticas. Para Curado (2003) a Responsabilidade Social está dividida em três focos, na imagem (voltada para o ambiente externo), no negócio (voltada para o ambiente interno e externo) e na cidadania (voltada para a atuação social). Visando diferenciar as terminologias utilizadas nessa discussão, o maior ou menor grau de envolvimento das empresas com as questões sócio-ambientais classifica suas ações como filantrópicas, cidadãs ou responsáveis. De acordo com Curado (2003) estas estão diretamente ligadas às preocupações com as pressões públicas, legais, sociais e políticas que surgem como cobranças sociais.
Ceder instalações ou recursos, adotar projetos isolados, não ouvir a opinião dos representantes da comunidade, não participar com um compromisso permanente, com foco local, representa ações com contornos restritos, aproximando-se de um espectro filantrópico. Embora se saiba que um desenvolvimento em bases sustentáveis requer mudanças estruturais ancoradas em políticas econômicas e práticas sociais efetivas e eficazes, é preciso romper o velho paradigma assistencialista das soluções isoladas e unilaterais (VASCONCELOS & MENEZES, 2002). Por muito tempo as ações sociais foram pautadas na caridade e custódia, apresentando as grandes empresas como centros de poder e influência. Depois surgiu o questionamento de até que ponto a responsabilidade não está imbuída de autoridade e se esta seria legitimada pela empresa, pelo Estado, pelo Terceiro Setor ou seria papel do indivíduo. (CURADO, 2003)
De acordo com Vergara & Branco (2001) hoje as empresas são julgadas por seus compromissos éticos, pelo foco nas pessoas e pelas relações responsáveis com o meio ambiente. A empresa humanizada promove qualidade de vida no trabalho, está focada nos seus funcionários, visa relações justas e democráticas de desenvolvimento e crescimento. Apóiam atividades comunitárias e de equilíbrio ambiental. Através de ações humanizadas as empresas exercitam a cidadania corporativa, tendo como pano de fundo o desenvolvimento sustentável e muitas vezes se confundindo com Responsabilidade Social, mas seu caráter é restrito à gestão das relações comunitárias e limitado a projetos específicos (ASHLEY,COUTINHO,TOMEI, 2002).
Para Ashley, Coutinho & Tomei (2002) dentro de um conceito interdisciplinar, multidimensional, sistêmico e aberto a todos os Stakeholders, a Responsabilidade Social é definida. Está incorporada à estratégia empresarial e refletida em desafios éticos. Não está vinculada exclusivamente nas trocas financeiras, mas de confiança, idéias e normas. Requer como premissa à racionalidade instrumental, um novo conceito de empresa e um novo modelo mental das relações sociais, econômicas e políticas. Para Curado (2003) a Responsabilidade Social está dividida em três focos, na imagem (voltada para o ambiente externo), no negócio (voltada para o ambiente interno e externo) e na cidadania (voltada para a atuação social). Visando diferenciar as terminologias utilizadas nessa discussão, o maior ou menor grau de envolvimento das empresas com as questões sócio-ambientais classifica suas ações como filantrópicas, cidadãs ou responsáveis. De acordo com Curado (2003) estas estão diretamente ligadas às preocupações com as pressões públicas, legais, sociais e políticas que surgem como cobranças sociais.
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