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Muitas pessoas gostariam de fazer um mestrado e seguir a carreira acadêmica, mas não fazem idéia do que é a rotina de um mestrando. Aqui poderão conhecer um pouco mais.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ler e escrever, tão fácil quanto o mestrado!

FALA SÉRIO
Se você acha fácil, me ensina...já que não basta identificar palavras e reproduzi-las. O mínimo que se espera de um texto é pontuação correta, coesão e vocabulário. O brasileiro não conhece todas as regras do português e independente de sua colocação profissional e graduação, irá recorrer ao dicionário, a um amigo ou a internet. Isso não me parece ruim. É claro que alguns erros não são permitidos a todos, pois a qualificação exige prática do conhecimento adquirido. Outro ponto é o meio em que se está inserido, por exemplo, o texto jornalístico é muito diferente de um artigo científico, assim como escrever esse blog não me exige tanta rigidez gramatical quanto escrever uma dissertação. Eu faço parte dessa estatística da língua portuguesa, muitas vezes procuro palavras alternativas, me perco na pontuação e leio em voz alta em busca de falhas. Assumo humildemente essa dificuldade, adquirindo assim permissão para criticar os papers que tenho lido. Erros primários como palavras exaustivamente repetidas, em um único parágrafo cheguei a contar sete repetições em oito linhas, texto esse considerado pelo professor de conteúdo muito bom. Noto a tendência em se usar palavras rebuscadas que terminam em uma cilada sem sentido, na qual o leitor luta pra entender o que aquilo significa e o faz em vão. Sem falar na falta de vírgulas e nas expressões pobres. O mestrado nos coloca numa posição complicada, recebemos queira ou não, status acadêmico e de quebra a responsabilidade de sustentá-lo. Os alunos que também são professores, além disso têm a obrigação como educadores de aprimorar seus conhecimentos. E o que resta aos professores do mestrado? Na minha concepção, rigidez total! Eles não podem receber um material de excelente conteúdo e péssima coesão. Não basta dizer para evitarmos as repetições, é preciso exigir português correto e clareza de idéias, objetividade em primeiro lugar. Se preciso pedir para reescrever o paper.
O erro não envergonha ninguém, o problema está em não reconhecê-lo e considerá-lo um detalhe fente ao conteúdo. Leiam com calma e em voz alta, se o ouvido doer, reescreva!!!
Para aqueles que buscam vantagens competitivas, apresento-lhes a maior delas: o bom português falado e escrito.

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