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terça-feira, 1 de abril de 2008

E.E - Aula 3 - A Arte da Guerra - Sun Tzu

A Arte da Guerra
Sun Tzu por Marcella Santos
Paper

A Arte da Guerra é um tratado militar, escrito pelo general filósofo chinês Sun Tzu, há mais de 2.500 anos. A obra é composta por treze capítulos, onde se discute aspectos táticos, hierárquicos e humanos de acordo com princípios estratégicos infalíveis no sucesso de uma guerra. Hoje o livro parece guiar outras batalhas, a dos jogos políticos, a do mundo dos negócios e a de administrar grandes empresas.
O pensamento central do livro é a importância do planejamento meticuloso de toda ação e sua avaliação realista de sucesso, verificando o caminho, o clima, o terreno, a liderança militar e a disciplina. A armadilha como essência da guerra e a manipulação do inimigo são conceitos fundamentais propostos por Sun Tzu, assim como atacar onde eles não estão preparados e avançar onde eles não esperam. A realização de uma guerra não pode ser prolongada e o exército deve ser estimulado a vencer através de juramentos, promessas de recompensas quase inimagináveis, para motivar os homens e reduzir o medo. É preciso velocidade e eficiência para minimizar o desgaste que a guerra causa na economia e na população.
Para Sun Tzu, a maior habilidade de um militar é conquistar as tropas inimigas sem luta. Lutar somente quando a vitória estiver assegurada, do contrário é preciso adotar uma forte postura defensiva. O conhecimento do momento de agir e de não agir, torna a vitória certa. A arte da guerra está nos movimentos de um grupo como unidade em combate, liderados com métodos e táticas de guerrilha, através da habilidade de usar as condições psicológicas dos adversários a fim de deixá-los vulneráveis. O exército deve encher-se de força e atrair o adversário quando estes estiverem vulneráveis, obrigando-os a desperdiçar energia.
Em relação ao posicionamento, uma força militar não pode ter formação constante, precisa alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo. Se o inimigo estiver descansando, fustigue-o; se acampando force-o a mover-se; quando em região difícil, não acampe; em terreno dispersivo, não lute; não marche a não ser que veja alguma vantagem; não lute, a menos que a posição seja crítica; nenhum general deve colocar sua tropa em campo apenas para vangloriar-se.
Observando as condições psicológicas, um governo não deve mobilizar um exército motivado pela raiva, os líderes militares não devem provocar a guerra movidos pela cólera, é suficiente consolidar o teu poder, avaliar os adversários e conquistar o povo. É preciso inteligência para avaliar as condições do ambiente, reconhecer as próprias forças, a vulnerabilidade do adversário e condições do terreno. Pode ser preciso utilizar espiões para conhecer as condições do inimigo, mas só um governante hábil ou um general brilhante pode utilizar os espiões mais inteligentes com garantia de sucesso.
O cenário dos negócios compara-se ao cenário da guerra, à medida que toda organização enfrenta concorrentes como verdadeiros exércitos, num mercado competitivo que mais parece um campo de batalha e armada com produtos e serviços estrategicamente desenvolvidos. O planejamento estratégico de uma empresa, assim como a ação definida por Sun Tsu na guerra, deve ser meticuloso e baseado na análise da configuração do ambiente e possibilidades de sucesso. O comando do gestor não pode ocorrer no vazio, deve ter propósito e ser seguido por toda a equipe, que é estimulada por sistemas de recompensa. O posicionamento deve permitir avançar e dominar um mercado, antecipando-se aos competidores. As rápidas modificações do ambiente e a dificuldade em diferenciar-se forçam as empresas a buscar uma posição vantajosa, manipulando situações e adversários, criando armadilhas de mercado e às vezes utilizando até espionagem industrial.

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